quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Reflexões de um exílio virtual (texto 1): por que conservadores caem e a "Quebrando o Tabu" não?

A partir deste texto iniciarei, até que minha suspensão no Foicebook acabe, uma série de textos abordando não só as amarras e sanções ditatoriais impostas nos últimos tempos a usuários e páginas de viés conservador como também outros assuntos que talvez tenham certa relação com isso.
A primeira parte desta série é uma reflexão sobre o porquê de páginas e usuários conservadores caem com uma facilidade monstruosa mas outras como Catraca Livre e Quebrando o Tabu seguem na sua (a)normalidade, mesmo com postagens que fazem apologia claríssima a toda a sorte de coisas que não prestam.
Um exemplo: a fanpage que criei, chamada "O Elatério", teve um meme inocente removido, que somente consistia duma foto escurecida do deputado Marco Feliciano e a frase "nego está em todo lugar", aproveitando um viral em torno da palavra "nego" pra tratar de maneira jocosa a declaração de Patrícia Lélis no programa Superpop, que se utilizou de ironia pra fugir de uma pergunta que lhe encurralou. Enfim, houve uma denúncia em cima dessa foto, sendo que ela não tinha conteúdo racista, era só uma piada, mas não foi assim entendido pelos asseclas daquele que invadiu a conta do melhor amigo (isso mesmo!).
E ainda de cabeça quente com essa arbitrariedade que de uns tempos atrás atinge páginas conservadoras, caso do Sargento Fahur, enquanto páginas esquerdistas que fazem apologia descarada ao uso de drogas seguem impunes, atentei a algumas coisas que na hora nem tinha percebido quando tinham organizado denúncias em série contra a Quebrando o Tabu:
Os criadores de conteúdo de lá são muito espertos e certamente se apoiam em vários pontos dos "Padrões de Comunidade do Foicebook", e é só ter um pouco de paciência pra perceber que lá eles fazem as coisas de um jeito não só atrativo pra muito inocente útil que nem percebe os intentos daquela cracolândia virtual como também pra não serem decapitados por alguma turba de denunciantes. Certamente são muito inspirados nos cineastas e músicos de esquerda que faziam propaganda subliminar em pleno regime militar.
Mas que padrão é esse? Muito simples: se perceber, as postagens que fazem apologia descarada ao uso de drogas são geralmente links de conteúdos externos, e talvez seja possível que os analistas de conteúdos supostamente impróprios não façam nada com coisas externas (me corrijam se eu estiver errado). Porém, as imagens e textos que ficam dentro do banco de dados da rede social geralmente tem um conteúdo muito sutil, como aquela famosa imagem que relativiza o conceito de vício a qualquer coisa que a grosso modo cause dependência, algo que cumpre com o intento principal deles e também lhes evitam de ser pegos.
Fazendo esse tipo de observação, fica um aviso a quem percebe que já é visado por grupos de ataque: evite ao máximo inserir conteúdo potencialmente "perigoso" no banco de dados do Facebook. Coloque seus textos em blogs ou Tumblr, vídeos no Youtube, imagens também por fontes externas das mais diversas. Em outras palavras, não caia no erro de colocar tudo o que você tem de maneira concentrada, e tente ser o mais distribuído possível e sempre se preparando par o pior, como ocorre nas finanças, já que informação também tem valor