sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A direita brasileira que é inteligente para tudo, menos para análise histórica

Quanto mais próximos ficamos das eleições de 2018, mais fogo se atira contra Jair Bolsonaro. Antes, o monopólio dos ataques ficava na mão de uma esquerda idiotizada por bandidos que usam de suas habilitações para dar aulas como salvo-conduto para manipular a juventude e criar verdadeiros macacos bonobos que tem como objetivo principal viver somente de seus prazeres e, principalmente, escolher seus candidatos tendo tais prazeres como o critério maior para decidir se alguém é digno de ganhar um voto de confiança nas urnas ou não.
Só que isso mudou nos últimos tempos: os ataques por parte da pseudo-direita estão se tornando cada vez mais constantes e, se bobear, se tornando a linha de frente da batalha. De um lado vemos intervencionistas propondo boicote total às eleições de 2018, com a mesma ladainha de sempre sobre as urnas eletrônicas (o Coronel Enio Fontenelle coloca abaixo toda essa narrativa, boa sorte!). Do outro lado, a "nova direita" promove pré-candidatos aventureiros e, sempre que possível, sai difamando Bolsonaro na primeira oportunidade. Há também, dos dois lados, quem tenta derrubar a reputação do deputado com uma abordagem militarista: colocando-o como uma pessoa que não representa os militares ou até como uma espécie de Lula fardado por ter se levantado, de um modo meio sindicalista, contra os planos que já existiam pra matar nossas Forças Armadas de fome.
Pra ser sincero, com alguns esquerdistas ainda é possível ter um debate saudável sobre o assunto, levando em consideração que suas limitações são fruto de uma doutrinação pesada que só um milagre dos céus irá reverter, mas não posso dizer o mesmo dos inimigos que estão por perto de nós.
Como estes se colocam contra a doutrinação ideológica e pensam estar acima da historiografia do MEC, deveriam colocar seus neurônios para pensar e entender Bolsonaro não como um mero fenômeno passageiro. Pra compreendê-lo, é necessário analisar um contexto histórico em que vivemos desde 1889. Sem que o próprio saiba, ele é daquelas figuras que, desde Antônio Conselheiro, passando pelo Brigadeiro Eduardo Gomes e, mais recentemente, o Dr Enéas, se colocavam contra o establishment. Por vários motivos, nenhum deles levou seus intentos a cabo, por mais que cada um tivesse mais preparo que Bolsonaro, mas quis o destino que o menos capacitado de todos tivesse o que Fernando Henrique Cardoso chama de "possibilidade de poder".
Em suma, você que brada aos quatro ventos por uma "Escola Sem Partido", que é contra a doutrinação ideológica, que se coloca acima dos ditames do MEC, faça valer tal superioridade, tome vergonha na cara e entenda o tabuleiro chamado Brasil, pra aí sim você se mancar e não se deixar levar por quem tem por trás os interesses escusos do metacapital, que tá fazendo de tudo, inclusive infiltrando gente na direita, pra que os votos sejam pulverizados ou em Amoedos da vida ou no BAN (Brancos, Abstenções e Nulos), que por sua vez é a carta na manga que a Nova Ordem Mundial se utilizou pra derrotar Le Pen, e se você não se espertar, vai cair no conto do vigário.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Os sovietes, na prática, já existem no Brasil

No ano de 2014, um decreto de Dilma Rousseff, que almejava a criação de uma Política Nacional de Participação Social, causou um tremendo fuzuê no cenário político da época. As semelhanças daquilo com os "sovietes" russos eram assustadoras, e tal ideia foi, para nossa sorte, derrubada por causa da forte pressão popular. Na teoria, nos livramos daquele plano maquiavélico, mas e se disser que os sovietes já funcionam em solo brasileiro e você não sabe?
Tudo começou com a Nova República e, mais precisamente, com o seu marco principal: a famigerada Constituição de 1988, que de tão explicada muito bem em artigos de fácil acesso, dispensa comentários mais detalhados em relação ao seu teor maligno. Apenas vou me ater ao fato de que esta, apesar do carinhoso apelido de "Constituição Cidadã", diminuiu na prática a participação do cidadão e aumentou de forma drástica o poder daqueles que estão com cargos eletivos e seus subordinados diretos.
Em tempos anteriores, os militares e agentes de segurança pública não precisavam estar dentro do Congresso para lutarem por seus interesses na forma de uma "bancada da bala", o agronegócio não precisava de uma "bancada ruralista" que os representasse e nem os cristãos precisavam da "bancada da Bíblia". Mesmo que estes três exemplos citados estejam mais próximos da "direita", e sem citar, por exemplo, bancadas que defendem os interesses de LGBT's, negros, mulheres, etc.
Daí podemos ver que, desde as câmaras municipais ao senado, a divisão não ocorre mais em razão das ideias que os grupos defendem, mas sim as classes que estes representam, o que torna redundante qualquer projeto que queira ressuscitar no âmbito teórico os sovietes, pois esta disposição infelizmente já existe por aqui.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Os MAVs 2.0 e a retomada tucana da hegemonia da máquina de difamação esquerdista

Os anos finais do governo petista, face à democratização cada vez mais forte da internet, foram marcados pelo uso ostensivo da chamada Militância em Ambiente Virtual, cujo objetivo maior consistia em ter à disposição um exército, composto de voluntários e mercenários, para servir aos que até então detinham o poder. Nisso, surgiu a sigla MAV, que virou sinônimo para algum esquerdopata chatonildo que viesse com toda a virulência do mundo tentar difamar quem viesse de encontro aos malfadados ideais da esquerda.
Com a queda de Dilma Rousseff, esse nicho parecia ter perdido a razão de ser e, sem a máquina estatal financiando, a coisa foi definhando e sendo substituída por gente cujo perfil é, via de regra, universitário de humanas que só serve pra bradar "Fora Temer" da maneira mais patética possível. Já aquela coisa mais "profissional", marcada por coisas como aqueles exércitos de contas fakes, parecia ser coisa do passado. Pra quem pensa assim, reveja seus conceitos e se adapte aos tempos atuais, pois os MAVs estão mais vivos do que nunca, só que com outra roupagem.
Pra entender melhor o que anda ocorrendo, é necessário entender os antecedentes históricos que definiram o modus operandi do sistema profissional de difamação da esquerda brasileira. O marco inicial é lá pros tempos do regime militar, em que o PCB se expressava pelos seguintes tentáculos: o MDB, o semanário O Pasquim e a máfia tropicalista.
Em tempos de clandestinidade, a esquerda se utilizava de tal triunvirato para ter hegemonia no campo cultural, nos meios editoriais e, com o tempo, no meio político. O MDB era o próprio PCB com uma maquiagem de legalidade, e o resto era a expressão dos ditames do "partidão" em forma artística ou jornalística, se utilizando de suas funções para difamar, sem dó nem piedade, quem estava em descompasso com a agenda dos mesmos. Wilson Simonal que o diga!
Com a redemocratização e a famigerada Nova República, o agora PMDB sofre um racha: a parte mais esquerdista que sobrou após o fim do bipartidarismo resolve andar com as próprias pernas e formar o PSDB. Eles também levaram consigo toda a máquina de difamar adversários. Não à toa, o ninho tucano foi porto seguro de Sérgio Cabral Filho, que iniciou sua carreira política lá, e a máfia tropicalista apoiou os governos FHC e ainda apoiou a campanha de José Serra em 2002.
Entretanto, na tão desejada passagem do poder para a esquerda vermelha, esta caiu de boca e botou pra funcionar uma máquina tão assustadora de assassinato de reputações que acabou nos fazendo crer que aquele momento foi o apogeu de qualquer sistema dedicado a trucidar adversários. Mas, como já exposto, os que detém a expertise que foi necessária pra destruir o grande Simonal não foram os atuais petistas, mas sim os que compõem os quadros do PSDB e também por parte do PMDB, que ainda preserva alguns quadros esquerdistas históricos, como é o caso do "presidento" Michel Temer.
Voltando aos dias de hoje, marcados pela criação do grupo "Esquerda Pra Valer", uma espécie de concílio que busca implementar o Macronismo brasileiro, estamos diante de uma verdadeira "guerra santa" empreendida contra Jair Bolsonaro, empreendida principalmente pelos tentáculos tucanos: falsos intervencionistas, incentivados por figuras egressas do PSDB, o jornalismo ligado diretamente a tucanos, a quadrilha dos "Irmãos Veadascos", segundo alguns financiada por um pena-de-aluguel com relações nada-republicanas com o tucanismo, e finalmente a "Nova Direita", capitaneada pelo MBL, que recentemente declarou uma verdadeira "jihad" contra "bolsominions".
Para nós, o que resta é ter total atenção, não somente com inimigos externos e declarados, mas também com inimigos internos, que estão se infiltrando com uma facilidade tremenda em grupos de direita, visando enfraquecer Bolsonaro em 2018. Todo cuidado será muito pouco, pois farão, novamente, o diabo para lograrem êxito. E, podem acreditar, quando tem tucano querendo fazer o diabo, a coisa é muito mais perigosa!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A falsa direita em 2018: mais uma lição que Belém pode dar!

No texto anterior, tratei da possível candidatura de Luciano Huck e o que ela poderia representar caso fosse levada a cabo. Ao que tudo indica, é bem possível que tenha desistido, ou até mesmo tenha feito um jogo pra ver como o provável eleitorado iria reagir ao fato dele ter declinado da ideia. Seja lá qual for o resultado final, a exposição do que foi a candidatura de Úrsula Vidal ainda deve ser vista com muita atenção, pois é muito possível que entre algum disputante egresso da imprensa brasileira cujo objetivo seja o de tentar, com suas habilidades, derrubar o candidato Jair Bolsonaro, como fez Úrsula, dando um tiro de misericórdia em Éder Mauro justamente no último debate, em que se tratou das batidíssimas questões de gênero e propriedade privada, que não foram devidamente respondidas.
Além disso, e este é o propósito do presente texto, é levar em conta a questão do surgimento de candidatos na onda do que se convencionou chamar de Nova Direita, representada por movimentos como o MBL, cujas relações com o estamento burocrático são mais do que provadas e descaradas. Aqui não estou nem considerando João Dória Júnior, que virá na onda do Macronismo, mas sim figuras que agirão como inimigos internos, com o objetivo de dividir a direita e enfraquecer a votação de Jair Messias Bolsonaro. Poderia citar, dentre os mais conhecidos, João Amoedo do Novo, Levy Fidélix e, mais recentemente, Dr Rey.
Voltando ao cenário belemense, apareceu meio que do nada, sem eira nem beira, um tal de Professor Ivanildo, que nunca colocou as caras, nem na internet, nem tirou a bunda da cadeira pra se expor nas manifestações contra Dilma Rousseff, mas misteriosamente foi alçado por ingênuos e espertos como o grande expoente da direita belemense, enfraquecendo um engajamento que deveria ficar focado no candidato Éder Mauro, levando em consideração que, já naquele momento, havia alguns oportunistas de plantão que escolheram apoiar candidato tucano (talvez eu dedique mais um texto para isso).

Não demorou muito e, ainda num debate realizado na Universidade Federal do Pará entre os candidatos a prefeito, o tal Ivanildo, para a felicidade geral da claque comunista que lá estava presente, se mostrou como uma pessoa TOTALMENTE CONTRA as privatizações, e daí engatou um discurso que vai totalmente na contramão de qualquer coisa que possa se encaixar no direitismo. Tal espetáculo de horrores pode ser visto no vídeo acima.
E, se loucura pouca é bobagem, com o cenário de segundo turno se dividindo entre o tucano Zenaldo e o psolista Edmilson, o professorzinho de araque, sem consultar o seu próprio vice, que representava o Partido Militar Brasileiro, e traindo os movimentos de direita lhe deram apoio, surpreendeu a todos declarando, em pleno horário eleitoral gratuito, um voto de confiança - PASMEM - no candidato do "partido de pirocas"!
E, pra voltar nossa atenção ao que ocorrerá em 2018, acabei até não contando, até agora, de qual partido surgiu essa figura pitoresca: nada mais e nada menos que o PRTB, a conhecida legenda de Levy Fidélix! Tendo essa e outras informações em mente, fica bem fácil entender o posicionamento atual do megalomaníaco baixinho do aerotrem, que pode aparecer novamente como candidato, ou pode lançar alguma figura que, inevitavelmente, servirá ao metacapital. Se assim ocorrer, meu palpite é que, na aba do movimento intervencionista, ele, ou algum outro partido, venha a lançar algum general como disputante ao planalto.
Outra figura a se analisar é João Amoedo, líder do partido que se diz novo, mas as conexões dos grupos que o financiam com a velha política são muio antigas. Falar sobre eles é mais do mesmo, portanto pulo direito pro bem-sucedido Dr Rey, que anda causando furor na internet com suas declarações, insinuando que um ex-capitão do Exército somente mamou nas tetas do Estado, desconsiderando até mesmo o fato público deste ter exercido uma carreira militar antes de entrar na política, sem contar várias propostas mirabolantes expostas no programa do Danilo Gentili. Não gostaria de entrar em juízos de valor sobre o dito cujo, mas queria só saber, se tivesse a oportunidade de perguntar tete-a-tete, o porquê dele, que se diz uma pessoa nova na política, se aliar, no Pará, a Jefferson Lima, um sujeito nojento que vendeu a alma pro Jader Barbalho?
Pra concluir, em Belém só houve o Professor Ivanildo, um candidato pra ser o inimigo interno, mas tudo indica que, em 2018, teremos uma miríade destes, que vão desde o pseudo-liberalismo que aceita defender Michel Temer, passando por algum espertinho bem sucedido na vida, e finalmente um possível general, que pode sair da toca pra roubar de Jair Bolsonaro os votos dos intervencionistas. Para nós, fica a lição amarga que os belemenses aprenderam: não se deixem levar por figuras falsas, que surgem do nada, e tratem da pior maneira possível qualquer pessoa ou grupo que desejar apoiá-los, pois o momento atual pede Jair Bolsonaro, e não um ou outro que, certamente, estará no ringue pra ajudar a catapultar para o segundo turno uma candidatura forte do estamento burocrático, que julgo eu ser a de João Dória Júnior.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Quem será Luciano Huck em 2018? Ou: saiba o que ocorreu em Belém nas eleições de '16 e entenderá '18!


Os apresentadores Luciano Huck e Úrsula Vidal
Muito se está falando sobre uma candidatura do apresentador Luciano Huck. Há quem diga que o tucano Dória Jr já seja carta fora do baralho e o estamento burocrático tenha escolhido no global sua maior esperança de repetir por aqui o que ocorreu na França com Macron, com direito até a se utilizar do mesmo marqueteiro. Mas será que é realmente isso?
Bem, este que vos escreve, sabe-se-lá por qual razão, nasceu em Belém e viu, ano passado, um candidato com perfil um tanto parecido com o de Jair Bolsonaro perder uma eleição que estava praticamente vencida, morrendo na beira da praia diante de um psolista que votou pela permanência de Dilma e um tucano que está no vergonhoso rol dos nossos piores prefeitos. Óbvio que tal derrota improvável foi uma soma de vários erros do mesmo, e elencá-los aqui me forçaria a me prolongar muito, mas um deles foi o de não perceber algo que, modéstia à parte, este que vos escreve já tinha cantado a pedra: havia naquele ringue uma pessoa que tinha entrado exatamente pra, em algum momento dos debates, derrubá-lo ou, como ocorreu, dar o golpe de misericórdia que restava pra removê-lo de um segundo turno que fatalmente venceria. Me refiro à Úrsula Vidal, disputante à prefeitura pela Rede Sustentabilidade.
Úrsula, filha de dois militantes da Aliança Libertadora Nacional, uma típica representante de quem sofreu em razão da "luta pela democracia" empreendida por seus progenitores, jornalista bem-sucedida e dona de uma voz marcante, apareceu de repente como candidata pela legenda de Marina Silva e se mimetizou entre outros disputantes até o momento em que foi acionada, logo no debate da TV Liberal, o último do primeiro turno e o de maior audiência, para vender ao eleitorado uma espécie de caricatura esquerdopata do saudoso Dr. Enéas e também para atacar o candidato Éder Mauro, já em queda livre pelos seus tropeços de campanha, desferindo o tal golpe de misericórdia ao adentrar em questões de gênero e de propriedade privada, que infelizmente não foram respondidas de uma maneira tão clara para um eleitorado mais ignorante, que comprou com muita facilidade, na última hora, o discurso da "outsider" e a levou a um surpreendente terceiro lugar.
Mas por que diabos falar da eleição ocorrida na capital em que, segundo a sabedoria popular do sudeste, os jacarés andam pelas ruas? Pelo simples fato de ser muito possível que o globalismo tenha utilizado tal disputa como um laboratório para 2018, e tudo aquilo que serviu pra derrubar o virtual vencedor pode muito bem ser utilizado, já que, da mesma forma, em qualquer cenário de segundo turno o atual deputado Bolsonaro venceria qualquer candidato. Que não somente a equipe do mesmo esteja atenta a isso como também a direita deve considerar, a partir de ontem, que todo cuidado é muito pouco.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Conheça João Dória Pai, o “Goebbels do Dendê”


Fonte: IdeaFixa
Subestimar um ser humano não é das melhores atitudes, mas no contexto em que estamos, é bom “esquecer” o Lula! Não gostaria de entrar no mérito de especular se ele vai ser candidato, vai ser preso ou o PT lançará alguma candidatura fraca e deixará a sua militância “livre” para apoiar algum outro candidato como os intragáveis Ciro Gomes e Marina Silva. O alvo de todo conservador para o ano de 2018, sem nunca esquecer qualquer tipo de opção que pode aparecer no cenário esquerdista, se chama João Dória Jr, ou o Sheik Dória, o potencial candidato oficial da Irmandade Muçulmana.
O atual prefeito de São Paulo, ele sim, é o grande perigo para qualquer conservador, por mais que ele esteja sendo vendido por aí como uma figura diferente, “como um outsider” da política, alguém com perfil diferente em seu próprio partido, etc. A única coisa que Dória Jr consegue ser é um tremendo dum vendedor de sonhos, um marqueteiro que usa de suas técnicas no mundo político para enganar uma verdadeira horda de imbecilóides que conseguem ainda acreditar que dentro do partido do FHC uma pessoa com o perfil que anda sendo vendido por aí teria condições sequer para concorrer à prefeitura de São Tomé das Letras.
E para se falar de Dória Jr é necessário primeiro falar sobre suas origens. Além de seu bisavô e de um parentesco com a família de Rui Barbosa, este artigo vai se preocupar com João Dória Pai. Segundo o que está no Verbete Biográfico do mesmo[1], o soteropolitano João Agripino de Costa Dória iniciou a sua vida política durante o Estado Novo, como serventuário da Secretaria de Fazenda e Tesouro da Bahia no biênio 1937-38. Depois de sair desse cargo, tornou-se redator-chefe do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda baiano, uma sucursal que havia em todas as unidades federativas brasileiras do famigerado DIP, além de ser oficial-de-gabinete do interventor Landulfo Alves, que posteriormente foi um dos deputados que mais defendeu a Lei n°2.004, lei esta responsável pela criação da Petrobrás[2]. Em outras palavras, tornou-se uma espécie de Goebbels do Dendê.
Avançando alguns anos, em que trabalhou na Standard Propaganda e finalmente criou a Dória Associados Propaganda, filia-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) em 61 e assume o cargo de Deputado Federal como suplente no ano de 1963, fazendo parte da Frente Parlamentar Nacionalista (pra quem não sabe, no contexto brasileiro o nacionalismo é quase que um eufemismo para esquerdismo), grupo este que apoiou as patacoadas que João Goulart batizou como “Reformas de Base”.
Como o Goebbels do Dendê tinha uma posição tão proeminente em um grupo que no mínimo estava dando base para que Jango pudesse instaurar uma segunda versão do Estado Novo com um “upgrade” marxista, foi um dos primeiros parlamentares cassados logo no Ato Institucional n°1, no dia 10 de Abril de 1964, e assim enfrentando um “doloroso exílio” em Paris durante 10 anos.
E logo na volta ao Brasil, inaugurou por aqui o Instituto Mind Power, junto com o ex-deputado José Aparecido de Oliveira[3], que fazia parte da “Bossa Nova da UDN”[4], uma facção com tendências mais esquerdistas e “nacionalistas” dentro da legenda de Carlos Lacerda. Outro parêntese também é preciso ser feito sobre esse parceiro de negócios, que dirigiu o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, foi secretário particular de Jânio Quadros, fazendo parte da comitiva que visitou Fidel Castro em Cuba, da mesma forma que Dória pai teve o mandato cassado na contra-revolução de 64 e, em 1982, voltou com tudo na condição de Secretário de Cultura do então governador mineiro Tancredo Neves, se destacando por promover o Fórum Nacional de Secretários da Cultura. Tal destaque lhe catapultou ao cargo de ministro de Estado de Cultura, convidado pelo próprio Tancredo. Ainda no governo Sarney, foi “convidado” a ser governador do Distrito Federal por três anos e ainda teve pique para voltar a encabeçar o MinC no crepúsculo do decrépito mandato do presidente-poeta.
Somente estes fatos sobre o pai, que era político e formou uma “network” um tanto curiosa, já seriam o suficiente para derrubar com a facilidade que se derruba uma torre de cartas a aura de “outsider” que Dória Jr criou para si, pois suas relações promíscuas com o Estado remontam dos tempos do Goebbels do Dendê. Tirem vocês as suas próprias conclusões.

Fontes:
[1] http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/joao-agripino-de-costa-doria
[2] http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/landulfo-alves-de-almeida
[3] http://www.museuvirtualbrasilia.org.br/PT/personalidades.php?ator=jose
[4] http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jose-aparecido-de-oliveira

sábado, 25 de março de 2017

Como agir contra o desarmamento do cidadão de bem?

Às vésperas de mais "manifestas" no país inteiro, que com certeza serão capitalizadas em prol da classe política, matutei um pouco sobre o que deveria ser o tema principal, sem qualquer outra pauta embutida pelos testas-de-ferro do estamento burocrático: o fim do desarmamento do cidadão de bem. E mesmo aqueles que tratarão do tema, ficarão restritos ao "estatuto do desarmamento", que é só parte do processo final de restrição ao porte de armas, processo este que dura desde a ditadura Vargas.
Pensando sobre esse processo cronológico, lento e gradual, de redução dos direitos do cidadão comum ao porte de armas, me veio à mente que nos dias atuais este problemaço que atenta contra a dignidade humana (se não fosse assim, não seria uma das meninas dos olhos de TODAS as ditaduras) é sustentado por um tripé: as restrições que competem ao Exército Brasileiro, a centralização na Polícia Federal e as leis do Executivo e do Legislativo. E convenhamos, separar o problema em partes torna as coisas bem mais fáceis para nós!
Logo de início temos o problema do R-105, o mais antigo e mais "insignificante", já que no regime militar ele vigorava e o cidadão tinha direito a comprar seu "três-oitão" na Mesbla sem muitas burocracias. E por ele ter a aparência de "insignificante", creio eu não ser tão difícil pressionar os figurões fardados para que elas possam reduzir as restrições que saíram da cabeça de militares. Esse tipo de coisa os grupos intervencionistas podem fazer sem grandes dificuldades, principalmente aqueles que moram em Brasília e tem fácil acesso aos comandos militares espalhados no país inteiro. E caso alguns creiam que as organizações internacionais impossibilitem uma intervenção militar, o primeiro passo pode ser o simples ato de respeitar o resultado do referendo de 2005.
O segundo pé vai ser a Polícia Federal, que no momento está de lua-de-mel com o povo brasileiro por causa das operações de combate à corrupção. Tais fatos até geraram um clamor popular por uma PEC em prol da independência da mesma. Ok, a ideia até parece ser boa e apoiamos, agora nos falta lembrar que há o nosso lado também: o lado do cidadão que quer ter o porte de armas mas é barrado pela mesma Polícia Federal. Ou é pedir muito algo que seria uma retribuição pelo clamor popular a favor deles? Caso contrário, a gente poderia deixar eles apanhando de políticos e de comentaristas patrocinados por JBS e BRF, né?
Por fim, caso a gente conseguir colocar do nosso lado o Exército e a Polícia Federal, que no final das contas detém o poder coercitivo, o pé mais frágil não vai se equilibrar sozinho sem ter na prática o poder das armas, e no fim das contas o tal do desarmamento civil vai se desmontar como uma torre de cartas. Mas claro, tem gente que quer fazer o processo contrário. E quer que eu seja sincero? VÃO MORRER TENTANDO!

quarta-feira, 15 de março de 2017

Temer, o Gorbachev brasileiro!

Assistindo o hangout promovido pelo Nas Bundas, digo, NasRuas, tive um insight ao ouvir o show de baboseiras soltadas pela militante Carla Zambelli: a ex-benfeitora do FEMEN me parece a versão de sinal trocado daquelas figuras pitorescas do marxismo que ainda vivem com a cabeça na Guerra Fria, e não conseguem fazer um raciocínio da conjuntura política levando em consideração as condições atuais. Suas palavras soltam uma visão de política brasileira que já foi ultrapassada, e a disputa entre PT/PSOL e PSDB/DEM só existe nessas mentes pueris.
Antes que alguém venha interpretar minhas palavras como as de alguém que crê piamente numa briga verdadeira no ponto de vista ideológico entre estas legendas, saibam que estão redondamente enganados. Sei que ambos os lados são marxistas, mas a questão aqui reside na disposição da disputa política que existia até o momento do afastamento de Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer, que mesmo sendo um teatro revolucionário, ainda assim manifestava um certo antagonismo prático. Porém, passado quase um ano, podemos dizer que esse cenário se dissolveu com os fatos que passaram a aparecer.
Temer apareceu com "a caneta de presidente" agindo como se fosse Mikhail Gorbachev, propondo Perestroikas e Glasnosts para um público sedento por mudanças. Tal qual o careca da testa manchada, o "Corvo Jubileu" enganou com seus ardis, derrubando a "Cortina de Ferro" que aí estava desde 1994 e substituindo por uma "Cortina de Fumaça" e, principalmente, derrubando a disposição político-partidária bipolarizada e trocando-a por uma "multipolarizada".
Os efeitos da "multipolarização partidária brasileira" ficaram expostos nas eleições municipais de 2016, em que vimos um verdadeiro show de horrores: desde o partido que aliciou Bolsonaro se aliando ao PCdoB no Maranhão até mesmo o apoio descarado que o PMDB de Jader Barbalho, o partido do golpe, deu ao PSOL nas eleições municipais de Belém no segundo turno. Sem contar é claro o ato camaleônico da esquerda radical, que praticamente baniu o vermelho e passou a adotar outras cores mais "fashion".
Enquanto essas bizarrices e mais outras que nos reservam para o ano que vem, teremos que aturar como "formadoras de opinião" essa gentalha que raciocina a política de maneira binária e ainda não se tocou que a Glasnost brasileira está sendo tocada à toda velocidade.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Não só a letra, mas também o número mata!

Paulo, que era judeu, dizia que "a letra mata e o espírito vivifica", em resposta a quem tratava as coisas ao pé da letra. Pensei nessa frase ao ver uma pessoa muito bem considerada por nós conservadores falando os maiores impropérios contra Trump, e também pensei num judeu palpiteiro que aparece nas mídias sociais fazendo estripulias com numerologias. Coincidentemente, tanto o tal conservador, que tem um certo ranço com judeus, e esse judeu palpiteiro, estão relativamente em pé de igualdade quando o assunto é Trump.
O conservador, que em seu último vídeo parece ter incorporado algum daqueles jornalistas nojentos da ChoroNews (GloboNews), dá um show de impropérios ao criticar a posição de Trump contra os mexicanos, disparando um anti-semitismo que de vez em quando brota daquela cabeça, e chamando o atual presidente de "neoconservador" e paga-pau de judeus. E toma-lhe vitimismo ibérico!
Por outro lado, o judeu que hoje usa alcunha hindu mas que quer ainda ser judeu sai chamando indiretamente Trump de "anticristo", tendo como base uma numerologia que ele fez há um tempo com o nome do queniano Barack Obama. Essa pessoa também fez uma suposta análise de código da Torá afirmando fervorosamente que Hillary venceria a eleição e isso seria algo bom (será que ele não sabe do posicionamento da Dilma americana sobre aborto?), e sem sequer se deu ao trabalho de explicar o seu erro, voltou ao assunto do nada mandando indiretas em sua rede social, dizendo que Trump é anticristo.
Não estou aqui pra desmerecer o conhecimento que ele demonstra ter, mas pra mostrar que esta pessoa se tornou apegada demais com números, sem levar em conta o contexto complexo que há por trás, sendo ignorante ou utilizando-se da ignorância de outras pessoas em não saber que a gematria de Obama ter o mesmo valor de "Maschiach" (Messias/Ungido) não significa absolutamente nada, já que "Maschiach" tem o mesmíssimo valor numérico de "Nachash" (Serpente), e tendo em mente o contexto que há na história obscura do primeiro negro a ser presidente, a interpretação deveria tender para a Serpente.
Pra concluir, se o sistema numérico dos judeus, de onde se deriva a gematria, é baseado no alfabeto hebraico, e se levarmos em consideração que número e letra, pelo menos no contexto hebraico, são a mesma coisa, os números também matam (essa também é pra vocês, liberalóides)! Cálculos e textos, sem qualquer tipo de contextualização com a realidade, são meros pretextos para enganos e vãs filosofias.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O suposto processo contra Olavo de Carvalho desmascarado!

Antes de expor a farsa técnica por trás do suposto processo n°562/89 movido contra o sr. Olavo Luiz Pimentel de Carvalho, gostaria de deixar muito claro uma coisa: não estou aqui para agradar a A ou a B, mas agradar a verdade e a justiça. Não sou como os muitos alpinistas sociais que não seriam nada sem a puxação de saco ao professor Olavo, acusado pelo sr Carlos Velasco de ser um muçulmano disfarçado, um maçom-sionista, e tudo isso ao mesmo tempo. Por outro lado, considero lamentável o posicionamento de algumas pessoas que se comportam de maneira muito imatura, chegando ao ponto de levarem em conta o que consta num blog chamado Prometheo Liberto, mantido por Velasco e, além do suposto processo, duas coisas se destacaram aos meus olhos quando os analisei:

A defesa do mito da minoria radical muçulmana, desmascarada por Ben Shapiro:
Transcrição: "É importante que os leitores percebam isso para não cairem (sic) no erro de generalizar o Islão, favorecendo a agenda globalista que deseja criar futuramente uma guerra entre cristãos e muçulmano."
Tornar majoritária uma minoria de judeus "fanáticos religiosos" que receberam dinheiro de Yasser Arafat (sobrinho do Mufti de Jerusalem, que colocou muçulmanos no exército nazista) e posam sem o menor problema com inimigos declarados do povo judeu:


Agora vamos ao que interessa, que é o tal do processo:
- O primeiro fato a se considerar é saber se existe algum processo de tal natureza movido no ano de 1989 contra Olavo de Carvalho no estado de São Paulo. Clicando aqui você encontra todos os processos em que constam o nome dele, e só há um do ano de 1989, que é de CRIME CONTRA A HONRA. Só aí você já percebe que a natureza de tal processo é totalmente diferente da que aparece no blog de Carlos Velasco e já seria o suficiente para este ser processado.
- Quem tem um conhecimento razoável com scanner sabe muito bem que algo digitalizado duas vezes não sai exatamente da mesma maneira. Pois não é o que ocorre com DEZ páginas, TODAS elas com o RODAPÉ exatamente IGUAL, com alguns detalhes que percebi e vocês podem ver abaixo:
- Pra fechar com chave de merda, há outro erro grotesco no rodapé da quinta página: uma diferença gritante de ângulo entre o rodapé e o corpo do texto.

Diante de tantas evidências, o lugar de quem fez tais montagens é mais do que óbvio: A PRISÃO! Eu, que neste ano completarei quinze só de experiência com programas de edição de imagem, caso fosse vítima de tais evidências grotescas me acusando de algum tipo de crime, eu mesmo faria o texto de acusação e arrumaria o primeiro bocó com carteirinha da OAB que encontrasse pra apenas fazer a tradução ao "juridiquês" e acrescentar apenas quais crimes o cidadão poderia ser enquadrado.
Por fim, fico muito chateado de ver pessoas descompensadas levando em conta um anti-semita nojento cujo conteúdo de seu blog fala por si, apenas pelo fato de ter sido "contrariado" (e bota aspas nisso) pelo Olavo de Carvalho*, mesmo que este tenha praticamente cortado relações com gente que expôs com todas as letras ser contra a intervenção militar em qualquer hipótese.

PS: no atual momento estou bloqueado pelo Olavo por ter tentado sugerir um hangout dele com os tais intervencionistas, da mesma forma que este fez com maçons e com outros grupos. Fiz este artigo porque meu compromisso é com a justiça. Para ele e seus seguidores, no caso de se deparar com este texto, só digo uma coisa: sou da área de Tecnologia de Informação, no atual momento desempregado, tenho uma reputação a zelar, portanto o sr. acha mesmo que eu iria me arriscar a defender quem ameaça terceiros utilizando a Internet?

sábado, 14 de janeiro de 2017

Os alpinistas olavísticos: o que eles são e o que andam tramando?

Fonte: Mas que cena
Não adianta. Compactuar com injustiças é nem um pouco compatível com minha pessoa. Já fiz muitas coisas das quais me arrependo amargamente por ter me exposto em favor de outrem que possa ter sofrido algum tipo de injustiça.
Mas ficar calado perante uma é algo que vai contra a minha natureza, e a bola da vez é um sujeito que está em minha friendlist e sofreu uma tremenda duma injustiça: Dinho Correia, acusado de ter algum tipo de ligação com a rede complexa de geradores de conteúdos e propagadores, verdadeiros ou falsos, do blog Prometheo Liberto, mantido por Carlos Velasco e seus asseclas (um deles é seu irmão, se é que existe), que vive de duas coisas: difamar Olavo de Carvalho e difamar o povo judeu, prática que é estendida pelos supostos seguidores que pululam por aí.
Mas o que Dinho, Velasco, ou até eu posso ter a ver com o que o título do texto quer dizer? Bem, é por causa de um tipinho que surgiu na internet que batizo de alpinistas olavísticos, por serem alpinistas sociais que perceberam uma grande oportunidade pra se tornarem subcelebridades da internet sem lá muito esforço: se escorando em Olavo de Carvalho.
Dentre esses alpinistas, há dois tipos relativamente separados pelo tempo: a "primeira leva de alpinistas olavísticos" em geral surgiu ou ganhando "fama" na comunidade "Olavo de Carvalho nos odeia", caso de Rodrigo Constantino, ou na tática de deixar de ser aluno do Curso Online de Filosofia, acusando o ex-professor de ensinar esoterismo ou islamismo, caso de Carlos Velasco, Francisco Razzo, Júlio Severo, dentre outros.
A "segunda leva de alpinistas olavísticos", cujos nomes eu prefiro não citar pra não cometer futuras injustiças, começou a surgir com o declínio do Orkut e com o fim do True Outspeak, percebendo o sucesso das "desculpas táticas" do Rodrigo Constantino e dos hangouts que algumas celebridades estavam fazendo com o professor. Com esse cenário, espertos como são, entenderam que poderiam ter mais do que um séquito de radicalistas e poderiam fazer aquilo que as "ovelhas desgarradas" não conseguiram: dominar o Olavo! E, infelizmente, acabaram logrando êxito!
Agora entrando no assunto do Dinho: muito possivelmente alguém da "segunda leva", isto é, um dos quase que conselheiros do Olavo, utilizou-se de mentiras para difamar aquele que para mim me parecia um de seus seguidores mais fiéis. Eu, que frequentemente vejo posts dele em minha timeline, posso atestar que nunca vi nada do Dinho Correia que pudesse chegar perto das nojeiras apregoadas por Velasco em seu blog, nem uma gotinha sequer de, por exemplo, anti-semitismo, algo que de vez em quando surge das bocas ou dos dedos de alguns pretensos católicos tradicionalistas com querelas sexuais não resolvidas.
Faço esse texto pra tentar publicamente levantar luz a um assunto geral, não somente do Dinho Correia, mas de outros que não passaram pela guarita dos alpinistas olavísticos, que praticamente decidem com quem ele deve ou não ter acesso! Será que chegou a hora deste Olavo sair de cena e voltar a ser aquele dos tempos de True Outspeak, em que os seguidores de maior sinceridade tinham maior acesso sem sofrer retaliações dos inimigos que moram ao lado?