Às vésperas de mais "manifestas" no país inteiro, que com certeza serão capitalizadas em prol da classe política, matutei um pouco sobre o que deveria ser o tema principal, sem qualquer outra pauta embutida pelos testas-de-ferro do estamento burocrático: o fim do desarmamento do cidadão de bem. E mesmo aqueles que tratarão do tema, ficarão restritos ao "estatuto do desarmamento", que é só parte do processo final de restrição ao porte de armas, processo este que dura desde a ditadura Vargas.
Pensando sobre esse processo cronológico, lento e gradual, de redução dos direitos do cidadão comum ao porte de armas, me veio à mente que nos dias atuais este problemaço que atenta contra a dignidade humana (se não fosse assim, não seria uma das meninas dos olhos de TODAS as ditaduras) é sustentado por um tripé: as restrições que competem ao Exército Brasileiro, a centralização na Polícia Federal e as leis do Executivo e do Legislativo. E convenhamos, separar o problema em partes torna as coisas bem mais fáceis para nós!
Logo de início temos o problema do R-105, o mais antigo e mais "insignificante", já que no regime militar ele vigorava e o cidadão tinha direito a comprar seu "três-oitão" na Mesbla sem muitas burocracias. E por ele ter a aparência de "insignificante", creio eu não ser tão difícil pressionar os figurões fardados para que elas possam reduzir as restrições que saíram da cabeça de militares. Esse tipo de coisa os grupos intervencionistas podem fazer sem grandes dificuldades, principalmente aqueles que moram em Brasília e tem fácil acesso aos comandos militares espalhados no país inteiro. E caso alguns creiam que as organizações internacionais impossibilitem uma intervenção militar, o primeiro passo pode ser o simples ato de respeitar o resultado do referendo de 2005.
O segundo pé vai ser a Polícia Federal, que no momento está de lua-de-mel com o povo brasileiro por causa das operações de combate à corrupção. Tais fatos até geraram um clamor popular por uma PEC em prol da independência da mesma. Ok, a ideia até parece ser boa e apoiamos, agora nos falta lembrar que há o nosso lado também: o lado do cidadão que quer ter o porte de armas mas é barrado pela mesma Polícia Federal. Ou é pedir muito algo que seria uma retribuição pelo clamor popular a favor deles? Caso contrário, a gente poderia deixar eles apanhando de políticos e de comentaristas patrocinados por JBS e BRF, né?
Por fim, caso a gente conseguir colocar do nosso lado o Exército e a Polícia Federal, que no final das contas detém o poder coercitivo, o pé mais frágil não vai se equilibrar sozinho sem ter na prática o poder das armas, e no fim das contas o tal do desarmamento civil vai se desmontar como uma torre de cartas. Mas claro, tem gente que quer fazer o processo contrário. E quer que eu seja sincero? VÃO MORRER TENTANDO!
Por fim, caso a gente conseguir colocar do nosso lado o Exército e a Polícia Federal, que no final das contas detém o poder coercitivo, o pé mais frágil não vai se equilibrar sozinho sem ter na prática o poder das armas, e no fim das contas o tal do desarmamento civil vai se desmontar como uma torre de cartas. Mas claro, tem gente que quer fazer o processo contrário. E quer que eu seja sincero? VÃO MORRER TENTANDO!