Sim, a piada do momento é a lamentação do ator esquerdista Wagner Moura. Segundo ele, estão boicotando a obra de muito bom gosto artístico (sic) que retrata a vida do terrorista Marighella, aquele foi tão pró democracia quanto os Irmãos Veadascos são Pró-Israel.
Sinceramente não sei o que é mais surreal nessa história: se é alguém reclamar de empresário fora do metacapitalismo não querer colocar o rico dinheirinho dele pra fazer apologia a um safado que queria o fim da propriedade privada, ou então a choradeira do ator por um suposto boicote.
Fora questões econômicas tão óbvias, será que o ator ainda não assistiu o documentário "Ninguém sabe o duro que dei", que retrata a dura vida de difamações que o cantor Wilson Simonal passou em razão das acusações criminosas promovidas por quem estava à frente d'O Pasquim? Falando nesse semanário que, em plena "ditadura militar" teve plenas condições de passar como um trator em quem bem entendesse, já ouviu falar, senhor ator global, no que fizeram contra o programa "Som Livre Exportação", cuja qualidade de convidados seria considerada um luxo em tempos empestados por "Ixquentas" e "Incontros" da vida?
Pra ser mais preciso ainda, "prócure sabér" da entrevista que esses monstros fizeram a Ivan Lins, na época cantor em ascensão, em que o objetivo principal era destruir qualquer pretensão dele de fazer música considerada "alienada". E o estrago foi feito: se ele teve uma ótima carreira, imagina se não tivesse sido CAPADO pelos patrulheiros de plantão. Só ouvir o primeiro álbum que irão concordar comigo.
Poderia fazer um Alcorão só expondo caso de artista que foi perseguido por não beijar os pés da esquerda, mas os casos de Ivan Lins e Simonal são o suficiente pra que os Chorõezinhos da Estrela tomassem vergonha na cara, caso tivessem um mínimo, claro.