domingo, 2 de dezembro de 2018

Como se consegue governabilidade? Não é com o parlamento, estúpido!

O impeachment de Collor, em 92, acabou tendo como efeito posterior uma visão distorcida do que realmente faz um presidente ter governabilidade, que seria a ausência de diálogo com o parlamento, o que praticamente inaugurou uma era em que o "toma lá, dá cá" ostensivo se tornou a regra de ouro para lograr algum êxito em seus projetos.
Entretanto, a tal da governabilidade vai muito além do parlamento, que é formado de acordo com várias estruturas de poder, algumas muito tradicionais, outras mais recentes, que surgiram com o intuito de substituí-las em seus papéis mais básicos. Das tradicionais, podemos citar o trinômio Bala-Bíblia-Boi:
A "Bala" representa a forma mais básica de poder, que é o das armas, aquilo que sobra após um processo de entropia de uma sociedade organizada e tem a função de parar este processo de corrosão. Basicamente sempre foi representada pelas Forças Armadas, só que a modernização da segurança pública no regime militar deu maior destaque a agentes de Polícia Civil, Militar, e até mesmo vemos pessoas de Polícia Rodoviária adquirindo algum tipo de destaque.
A "Bíblia" representa o poder espiritual, que era inicialmente da Igreja Católica, uma das instituições mais importantes em vários períodos sensíveis, como em 1964. Com a ascensão do protestantismo, vimos esta vertente como uma das partes que protagonizou o impeachment de Dilma Rousseff.
O "Boi" representa o poder de prover alimentos, o que é, inegavelmente, muito importante num país com nível baixo de industrialização. Daí entendemos o porquê da força das UDR's da vida, de políticos do naipe de Ronaldo Caiado, entre tantos outros.
Voltando ao mundo atual, vemos como um grande desafio para o presidente eleito Jair Bolsonaro o de conseguir contornar essa receita de bolo pós-Collor. A presença de Onyx Lorenzoni e seu partido em alguns nomes indicados mostra que, apesar da suposta competência dos outros dois ministros do DEM, a tentativa é a de ainda buscar algum tipo de negociação com quem está na ponta do poder, o que pode se provar uma escolha infeliz com o tempo.
Pensar numa governabilidade baseada no parlamento, ainda que sob padrões altamente republicanos e probos, é um trabalho um tanto inútil para quem já está junto dos "stakeholders" que assombraram todos os governos dos últimos 130 anos. Bolsonaro é militar e sabe como poucos negociar com a segurança pública, tem uma capacidade de travar um diálogo inter-religioso que não se via em um chefe de estado brasileiro desde D. Pedro II, e tem o agronegócio em sua mão.
Ele não precisa das estruturas mais superiores de poder neste país, que são a mídia, a classe artística e, finalmente, a classe política, pois todas estas também precisam, vez ou outra, de uma mãozinha do trinômio Bala-Bíblia-Boi. Se Bolsonaro já os tem, que vá em frente e que o parlamento o siga, nem que seja na marra!

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Vai dar tudo certo... Palavra de quem viu tudo dar errado!

Cada um despertou a seu tempo, mas posso dizer que pelo menos pude admirar Enéas enquanto ele estava vivo. Com isso lhes conto, ou refresco a memória, que aquele período de 2006 até aquela perguntinha capsciosa da Preta Gil, nada parecia conspirar a nosso favor.
O Dr Enéas acabou sendo acometido por uma Leucemia e seu partido morreu com a cláusula de barreira. Justo no momento em que poderia aproveitar a internet, as coisas conspiraram para o triste fim de ser absorvido pela legenda de Waldemar da Costa Neto e ter seu justo descanso.
Outras duas figuras do nosso time nos deixaram em 2009. Clodovil mostrou logo a que veio, chamando deputada de feia, arrepiou para cima da turma do orgulho g4y, mas foi morto em condições misteriosas. Alborghetti, que é praticamente o pai fundador dos comunicadores do nosso lado, aproveitou pouco da rede mundial de computadores, também nos deixou.
Todos os três, coincidentemente, foram visitados pelo anjo da morte quando a internet de alta velocidade se popularizava e os usuários começavam a viralizar suas mitadas, seja as armazenadas em fitas VHS, seja o que ocorria "just in time". Deixaram um legado indelével, mas ficamos com aquele gostinho de que poderia ser mais com a inclusão digital.
Posso dizer que passei por essas três mortes, tive aquele sentimento de que tudo conspirava contra nós, e nenhuma liderança nos sobrava. Chegamos ao ponto de ver no Demóstenes Torres, que conseguia destoar um pouco no teatro das tesouras, essa figura possível de se ter a esperança de tirar o PT do poder.
Porém, como sempre diz o Coronel Enio Fontenelle, a mão de D'us sempre aparece no meio do caminho e nos dá a bendita trapalhada do programa CQC, que tentou, da forma mais porca, incriminar um deputado decadente e uma direita praticamente órfã de posibilidades de poder.
Naquele dia estava assistindo o programa. Me surpreendi quando ouvi o nome que, graças às comunidades do Orkut, não me era estranho mas nem dava a menor bola de saber um pouco mais. Tudo mudou quando ficou patente a manipulação porca empreendida pelos editores. Aquilo deu mídia instantânea ao cara que tinha sido eleito no voto proporcional.
Aquilo parecia ter caído do céu. Éramos, na internet, como maçons, em ciclos fechados de admiradores de Olavo de Carvalho, a voz que clamava no deserto em um mundo de desilusões. Só que aquele programa em rede nacional mexeu com a alma coletiva do brasileiro. Criou sentimentos de nojo em quem carrega a mentalidade burguesa nojenta e criou, em quem não abre mão da alma coletiva brasileira, curiosidade e admiração de forma instantânea.
O "estrago" tinha sido feito. Quanto mais tentavam emendar, pior ficava e a bola de neve chegou ao ponto em que agora estamos, com um sujeito dispondo da internet, tanto pra ter sua campanha difundida em tudo quanto é lugar que tiver um smartphone conectado na internet, quanto para receber o feedback do seu eleitorado e evoluir numa velocidade que assusta até o catedrático Paulo Guedes.
Quanto a hoje, concluo que depois de ter passado por tudo isso, ao ver um vice até melhor que o cabeça da chapa, me sinto no paraíso. Vejo aqui que mesmo o pior de todos os cenários não nos impedirá de chegar no destino final. Vai dar tudo certo, pode acreditar!

terça-feira, 3 de julho de 2018

As eleições e a intervenção "fabiana"

Não posso dizer se foi por intenção deliberada dos seus pioneiros, mas hoje está bem claro que o movimento pela intervenção militar pela força é movido por um mindset de movimentos revolucionários extremistas.
Ora, tudo começa com um modo materialista de se ver o mundo. Por mais que aparentem ter suas religiões, elas de nada importam se a pessoa ignora que este mundo em que vivemos é lugar pra passar perrengues. Ignorar isso é plantar a semente da mentalidade revolucionária, que se expressa em duas vias: a ortodoxa e a heterodoxa.
O socialismo marxista foi a vertente definitiva da ortodoxia, cujos planos descambam nas ditaduras genocidas. Já a vertente heterodoxa tem como cabeça a Fabian Society.
As experiências socialistas, empreendidas e mantidas a custo de muito sangue, foram e são verdadeiros fracassos. O que resta é apenas o eterno wishful thinking de aparecer algum "bom moço" querendo não mais "deturpar" o ideólogo supostamente mais incompreendido. Para os que estão em nível maior de psicopatia e manipulação, o certo é seguir o socialismo fabiano. A Europa laicista e social-democrata que não me deixa mentir.
Voltando aos nossos ilustres intervencionistas, a fórmula revolucionária extrema ganha eco em alguns viciados em fazer hangouts, que cada vez mais se tornam virulentos contra os nossos generais, que já escolheram sua estratégia.
Concluindo aqui com uma licença política, a "intervenção branca" é como se fosse uma intervenção "fabiana", que irá agir pelas vias democráticas, trazendo, sem dores aparentes, o mesmo efeito benéfico que teria uma intervenção armada, só que sem causar derramamento de sangue.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A direita brasileira que é inteligente para tudo, menos para análise histórica

Quanto mais próximos ficamos das eleições de 2018, mais fogo se atira contra Jair Bolsonaro. Antes, o monopólio dos ataques ficava na mão de uma esquerda idiotizada por bandidos que usam de suas habilitações para dar aulas como salvo-conduto para manipular a juventude e criar verdadeiros macacos bonobos que tem como objetivo principal viver somente de seus prazeres e, principalmente, escolher seus candidatos tendo tais prazeres como o critério maior para decidir se alguém é digno de ganhar um voto de confiança nas urnas ou não.
Só que isso mudou nos últimos tempos: os ataques por parte da pseudo-direita estão se tornando cada vez mais constantes e, se bobear, se tornando a linha de frente da batalha. De um lado vemos intervencionistas propondo boicote total às eleições de 2018, com a mesma ladainha de sempre sobre as urnas eletrônicas (o Coronel Enio Fontenelle coloca abaixo toda essa narrativa, boa sorte!). Do outro lado, a "nova direita" promove pré-candidatos aventureiros e, sempre que possível, sai difamando Bolsonaro na primeira oportunidade. Há também, dos dois lados, quem tenta derrubar a reputação do deputado com uma abordagem militarista: colocando-o como uma pessoa que não representa os militares ou até como uma espécie de Lula fardado por ter se levantado, de um modo meio sindicalista, contra os planos que já existiam pra matar nossas Forças Armadas de fome.
Pra ser sincero, com alguns esquerdistas ainda é possível ter um debate saudável sobre o assunto, levando em consideração que suas limitações são fruto de uma doutrinação pesada que só um milagre dos céus irá reverter, mas não posso dizer o mesmo dos inimigos que estão por perto de nós.
Como estes se colocam contra a doutrinação ideológica e pensam estar acima da historiografia do MEC, deveriam colocar seus neurônios para pensar e entender Bolsonaro não como um mero fenômeno passageiro. Pra compreendê-lo, é necessário analisar um contexto histórico em que vivemos desde 1889. Sem que o próprio saiba, ele é daquelas figuras que, desde Antônio Conselheiro, passando pelo Brigadeiro Eduardo Gomes e, mais recentemente, o Dr Enéas, se colocavam contra o establishment. Por vários motivos, nenhum deles levou seus intentos a cabo, por mais que cada um tivesse mais preparo que Bolsonaro, mas quis o destino que o menos capacitado de todos tivesse o que Fernando Henrique Cardoso chama de "possibilidade de poder".
Em suma, você que brada aos quatro ventos por uma "Escola Sem Partido", que é contra a doutrinação ideológica, que se coloca acima dos ditames do MEC, faça valer tal superioridade, tome vergonha na cara e entenda o tabuleiro chamado Brasil, pra aí sim você se mancar e não se deixar levar por quem tem por trás os interesses escusos do metacapital, que tá fazendo de tudo, inclusive infiltrando gente na direita, pra que os votos sejam pulverizados ou em Amoedos da vida ou no BAN (Brancos, Abstenções e Nulos), que por sua vez é a carta na manga que a Nova Ordem Mundial se utilizou pra derrotar Le Pen, e se você não se espertar, vai cair no conto do vigário.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Os sovietes, na prática, já existem no Brasil

No ano de 2014, um decreto de Dilma Rousseff, que almejava a criação de uma Política Nacional de Participação Social, causou um tremendo fuzuê no cenário político da época. As semelhanças daquilo com os "sovietes" russos eram assustadoras, e tal ideia foi, para nossa sorte, derrubada por causa da forte pressão popular. Na teoria, nos livramos daquele plano maquiavélico, mas e se disser que os sovietes já funcionam em solo brasileiro e você não sabe?
Tudo começou com a Nova República e, mais precisamente, com o seu marco principal: a famigerada Constituição de 1988, que de tão explicada muito bem em artigos de fácil acesso, dispensa comentários mais detalhados em relação ao seu teor maligno. Apenas vou me ater ao fato de que esta, apesar do carinhoso apelido de "Constituição Cidadã", diminuiu na prática a participação do cidadão e aumentou de forma drástica o poder daqueles que estão com cargos eletivos e seus subordinados diretos.
Em tempos anteriores, os militares e agentes de segurança pública não precisavam estar dentro do Congresso para lutarem por seus interesses na forma de uma "bancada da bala", o agronegócio não precisava de uma "bancada ruralista" que os representasse e nem os cristãos precisavam da "bancada da Bíblia". Mesmo que estes três exemplos citados estejam mais próximos da "direita", e sem citar, por exemplo, bancadas que defendem os interesses de LGBT's, negros, mulheres, etc.
Daí podemos ver que, desde as câmaras municipais ao senado, a divisão não ocorre mais em razão das ideias que os grupos defendem, mas sim as classes que estes representam, o que torna redundante qualquer projeto que queira ressuscitar no âmbito teórico os sovietes, pois esta disposição infelizmente já existe por aqui.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Os MAVs 2.0 e a retomada tucana da hegemonia da máquina de difamação esquerdista

Os anos finais do governo petista, face à democratização cada vez mais forte da internet, foram marcados pelo uso ostensivo da chamada Militância em Ambiente Virtual, cujo objetivo maior consistia em ter à disposição um exército, composto de voluntários e mercenários, para servir aos que até então detinham o poder. Nisso, surgiu a sigla MAV, que virou sinônimo para algum esquerdopata chatonildo que viesse com toda a virulência do mundo tentar difamar quem viesse de encontro aos malfadados ideais da esquerda.
Com a queda de Dilma Rousseff, esse nicho parecia ter perdido a razão de ser e, sem a máquina estatal financiando, a coisa foi definhando e sendo substituída por gente cujo perfil é, via de regra, universitário de humanas que só serve pra bradar "Fora Temer" da maneira mais patética possível. Já aquela coisa mais "profissional", marcada por coisas como aqueles exércitos de contas fakes, parecia ser coisa do passado. Pra quem pensa assim, reveja seus conceitos e se adapte aos tempos atuais, pois os MAVs estão mais vivos do que nunca, só que com outra roupagem.
Pra entender melhor o que anda ocorrendo, é necessário entender os antecedentes históricos que definiram o modus operandi do sistema profissional de difamação da esquerda brasileira. O marco inicial é lá pros tempos do regime militar, em que o PCB se expressava pelos seguintes tentáculos: o MDB, o semanário O Pasquim e a máfia tropicalista.
Em tempos de clandestinidade, a esquerda se utilizava de tal triunvirato para ter hegemonia no campo cultural, nos meios editoriais e, com o tempo, no meio político. O MDB era o próprio PCB com uma maquiagem de legalidade, e o resto era a expressão dos ditames do "partidão" em forma artística ou jornalística, se utilizando de suas funções para difamar, sem dó nem piedade, quem estava em descompasso com a agenda dos mesmos. Wilson Simonal que o diga!
Com a redemocratização e a famigerada Nova República, o agora PMDB sofre um racha: a parte mais esquerdista que sobrou após o fim do bipartidarismo resolve andar com as próprias pernas e formar o PSDB. Eles também levaram consigo toda a máquina de difamar adversários. Não à toa, o ninho tucano foi porto seguro de Sérgio Cabral Filho, que iniciou sua carreira política lá, e a máfia tropicalista apoiou os governos FHC e ainda apoiou a campanha de José Serra em 2002.
Entretanto, na tão desejada passagem do poder para a esquerda vermelha, esta caiu de boca e botou pra funcionar uma máquina tão assustadora de assassinato de reputações que acabou nos fazendo crer que aquele momento foi o apogeu de qualquer sistema dedicado a trucidar adversários. Mas, como já exposto, os que detém a expertise que foi necessária pra destruir o grande Simonal não foram os atuais petistas, mas sim os que compõem os quadros do PSDB e também por parte do PMDB, que ainda preserva alguns quadros esquerdistas históricos, como é o caso do "presidento" Michel Temer.
Voltando aos dias de hoje, marcados pela criação do grupo "Esquerda Pra Valer", uma espécie de concílio que busca implementar o Macronismo brasileiro, estamos diante de uma verdadeira "guerra santa" empreendida contra Jair Bolsonaro, empreendida principalmente pelos tentáculos tucanos: falsos intervencionistas, incentivados por figuras egressas do PSDB, o jornalismo ligado diretamente a tucanos, a quadrilha dos "Irmãos Veadascos", segundo alguns financiada por um pena-de-aluguel com relações nada-republicanas com o tucanismo, e finalmente a "Nova Direita", capitaneada pelo MBL, que recentemente declarou uma verdadeira "jihad" contra "bolsominions".
Para nós, o que resta é ter total atenção, não somente com inimigos externos e declarados, mas também com inimigos internos, que estão se infiltrando com uma facilidade tremenda em grupos de direita, visando enfraquecer Bolsonaro em 2018. Todo cuidado será muito pouco, pois farão, novamente, o diabo para lograrem êxito. E, podem acreditar, quando tem tucano querendo fazer o diabo, a coisa é muito mais perigosa!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A falsa direita em 2018: mais uma lição que Belém pode dar!

No texto anterior, tratei da possível candidatura de Luciano Huck e o que ela poderia representar caso fosse levada a cabo. Ao que tudo indica, é bem possível que tenha desistido, ou até mesmo tenha feito um jogo pra ver como o provável eleitorado iria reagir ao fato dele ter declinado da ideia. Seja lá qual for o resultado final, a exposição do que foi a candidatura de Úrsula Vidal ainda deve ser vista com muita atenção, pois é muito possível que entre algum disputante egresso da imprensa brasileira cujo objetivo seja o de tentar, com suas habilidades, derrubar o candidato Jair Bolsonaro, como fez Úrsula, dando um tiro de misericórdia em Éder Mauro justamente no último debate, em que se tratou das batidíssimas questões de gênero e propriedade privada, que não foram devidamente respondidas.
Além disso, e este é o propósito do presente texto, é levar em conta a questão do surgimento de candidatos na onda do que se convencionou chamar de Nova Direita, representada por movimentos como o MBL, cujas relações com o estamento burocrático são mais do que provadas e descaradas. Aqui não estou nem considerando João Dória Júnior, que virá na onda do Macronismo, mas sim figuras que agirão como inimigos internos, com o objetivo de dividir a direita e enfraquecer a votação de Jair Messias Bolsonaro. Poderia citar, dentre os mais conhecidos, João Amoedo do Novo, Levy Fidélix e, mais recentemente, Dr Rey.
Voltando ao cenário belemense, apareceu meio que do nada, sem eira nem beira, um tal de Professor Ivanildo, que nunca colocou as caras, nem na internet, nem tirou a bunda da cadeira pra se expor nas manifestações contra Dilma Rousseff, mas misteriosamente foi alçado por ingênuos e espertos como o grande expoente da direita belemense, enfraquecendo um engajamento que deveria ficar focado no candidato Éder Mauro, levando em consideração que, já naquele momento, havia alguns oportunistas de plantão que escolheram apoiar candidato tucano (talvez eu dedique mais um texto para isso).

Não demorou muito e, ainda num debate realizado na Universidade Federal do Pará entre os candidatos a prefeito, o tal Ivanildo, para a felicidade geral da claque comunista que lá estava presente, se mostrou como uma pessoa TOTALMENTE CONTRA as privatizações, e daí engatou um discurso que vai totalmente na contramão de qualquer coisa que possa se encaixar no direitismo. Tal espetáculo de horrores pode ser visto no vídeo acima.
E, se loucura pouca é bobagem, com o cenário de segundo turno se dividindo entre o tucano Zenaldo e o psolista Edmilson, o professorzinho de araque, sem consultar o seu próprio vice, que representava o Partido Militar Brasileiro, e traindo os movimentos de direita lhe deram apoio, surpreendeu a todos declarando, em pleno horário eleitoral gratuito, um voto de confiança - PASMEM - no candidato do "partido de pirocas"!
E, pra voltar nossa atenção ao que ocorrerá em 2018, acabei até não contando, até agora, de qual partido surgiu essa figura pitoresca: nada mais e nada menos que o PRTB, a conhecida legenda de Levy Fidélix! Tendo essa e outras informações em mente, fica bem fácil entender o posicionamento atual do megalomaníaco baixinho do aerotrem, que pode aparecer novamente como candidato, ou pode lançar alguma figura que, inevitavelmente, servirá ao metacapital. Se assim ocorrer, meu palpite é que, na aba do movimento intervencionista, ele, ou algum outro partido, venha a lançar algum general como disputante ao planalto.
Outra figura a se analisar é João Amoedo, líder do partido que se diz novo, mas as conexões dos grupos que o financiam com a velha política são muio antigas. Falar sobre eles é mais do mesmo, portanto pulo direito pro bem-sucedido Dr Rey, que anda causando furor na internet com suas declarações, insinuando que um ex-capitão do Exército somente mamou nas tetas do Estado, desconsiderando até mesmo o fato público deste ter exercido uma carreira militar antes de entrar na política, sem contar várias propostas mirabolantes expostas no programa do Danilo Gentili. Não gostaria de entrar em juízos de valor sobre o dito cujo, mas queria só saber, se tivesse a oportunidade de perguntar tete-a-tete, o porquê dele, que se diz uma pessoa nova na política, se aliar, no Pará, a Jefferson Lima, um sujeito nojento que vendeu a alma pro Jader Barbalho?
Pra concluir, em Belém só houve o Professor Ivanildo, um candidato pra ser o inimigo interno, mas tudo indica que, em 2018, teremos uma miríade destes, que vão desde o pseudo-liberalismo que aceita defender Michel Temer, passando por algum espertinho bem sucedido na vida, e finalmente um possível general, que pode sair da toca pra roubar de Jair Bolsonaro os votos dos intervencionistas. Para nós, fica a lição amarga que os belemenses aprenderam: não se deixem levar por figuras falsas, que surgem do nada, e tratem da pior maneira possível qualquer pessoa ou grupo que desejar apoiá-los, pois o momento atual pede Jair Bolsonaro, e não um ou outro que, certamente, estará no ringue pra ajudar a catapultar para o segundo turno uma candidatura forte do estamento burocrático, que julgo eu ser a de João Dória Júnior.