Lucas P. de Sousa
domingo, 2 de dezembro de 2018
Como se consegue governabilidade? Não é com o parlamento, estúpido!
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Vai dar tudo certo... Palavra de quem viu tudo dar errado!
Cada um despertou a seu tempo, mas posso dizer que pelo menos pude admirar Enéas enquanto ele estava vivo. Com isso lhes conto, ou refresco a memória, que aquele período de 2006 até aquela perguntinha capsciosa da Preta Gil, nada parecia conspirar a nosso favor.
O Dr Enéas acabou sendo acometido por uma Leucemia e seu partido morreu com a cláusula de barreira. Justo no momento em que poderia aproveitar a internet, as coisas conspiraram para o triste fim de ser absorvido pela legenda de Waldemar da Costa Neto e ter seu justo descanso.
Outras duas figuras do nosso time nos deixaram em 2009. Clodovil mostrou logo a que veio, chamando deputada de feia, arrepiou para cima da turma do orgulho g4y, mas foi morto em condições misteriosas. Alborghetti, que é praticamente o pai fundador dos comunicadores do nosso lado, aproveitou pouco da rede mundial de computadores, também nos deixou.
Todos os três, coincidentemente, foram visitados pelo anjo da morte quando a internet de alta velocidade se popularizava e os usuários começavam a viralizar suas mitadas, seja as armazenadas em fitas VHS, seja o que ocorria "just in time". Deixaram um legado indelével, mas ficamos com aquele gostinho de que poderia ser mais com a inclusão digital.
Posso dizer que passei por essas três mortes, tive aquele sentimento de que tudo conspirava contra nós, e nenhuma liderança nos sobrava. Chegamos ao ponto de ver no Demóstenes Torres, que conseguia destoar um pouco no teatro das tesouras, essa figura possível de se ter a esperança de tirar o PT do poder.
Porém, como sempre diz o Coronel Enio Fontenelle, a mão de D'us sempre aparece no meio do caminho e nos dá a bendita trapalhada do programa CQC, que tentou, da forma mais porca, incriminar um deputado decadente e uma direita praticamente órfã de posibilidades de poder.
Naquele dia estava assistindo o programa. Me surpreendi quando ouvi o nome que, graças às comunidades do Orkut, não me era estranho mas nem dava a menor bola de saber um pouco mais. Tudo mudou quando ficou patente a manipulação porca empreendida pelos editores. Aquilo deu mídia instantânea ao cara que tinha sido eleito no voto proporcional.
Aquilo parecia ter caído do céu. Éramos, na internet, como maçons, em ciclos fechados de admiradores de Olavo de Carvalho, a voz que clamava no deserto em um mundo de desilusões. Só que aquele programa em rede nacional mexeu com a alma coletiva do brasileiro. Criou sentimentos de nojo em quem carrega a mentalidade burguesa nojenta e criou, em quem não abre mão da alma coletiva brasileira, curiosidade e admiração de forma instantânea.
O "estrago" tinha sido feito. Quanto mais tentavam emendar, pior ficava e a bola de neve chegou ao ponto em que agora estamos, com um sujeito dispondo da internet, tanto pra ter sua campanha difundida em tudo quanto é lugar que tiver um smartphone conectado na internet, quanto para receber o feedback do seu eleitorado e evoluir numa velocidade que assusta até o catedrático Paulo Guedes.
Quanto a hoje, concluo que depois de ter passado por tudo isso, ao ver um vice até melhor que o cabeça da chapa, me sinto no paraíso. Vejo aqui que mesmo o pior de todos os cenários não nos impedirá de chegar no destino final. Vai dar tudo certo, pode acreditar!
terça-feira, 3 de julho de 2018
As eleições e a intervenção "fabiana"
Não posso dizer se foi por intenção deliberada dos seus pioneiros, mas hoje está bem claro que o movimento pela intervenção militar pela força é movido por um mindset de movimentos revolucionários extremistas.
Ora, tudo começa com um modo materialista de se ver o mundo. Por mais que aparentem ter suas religiões, elas de nada importam se a pessoa ignora que este mundo em que vivemos é lugar pra passar perrengues. Ignorar isso é plantar a semente da mentalidade revolucionária, que se expressa em duas vias: a ortodoxa e a heterodoxa.
O socialismo marxista foi a vertente definitiva da ortodoxia, cujos planos descambam nas ditaduras genocidas. Já a vertente heterodoxa tem como cabeça a Fabian Society.
As experiências socialistas, empreendidas e mantidas a custo de muito sangue, foram e são verdadeiros fracassos. O que resta é apenas o eterno wishful thinking de aparecer algum "bom moço" querendo não mais "deturpar" o ideólogo supostamente mais incompreendido. Para os que estão em nível maior de psicopatia e manipulação, o certo é seguir o socialismo fabiano. A Europa laicista e social-democrata que não me deixa mentir.
Voltando aos nossos ilustres intervencionistas, a fórmula revolucionária extrema ganha eco em alguns viciados em fazer hangouts, que cada vez mais se tornam virulentos contra os nossos generais, que já escolheram sua estratégia.
Concluindo aqui com uma licença política, a "intervenção branca" é como se fosse uma intervenção "fabiana", que irá agir pelas vias democráticas, trazendo, sem dores aparentes, o mesmo efeito benéfico que teria uma intervenção armada, só que sem causar derramamento de sangue.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
A direita brasileira que é inteligente para tudo, menos para análise histórica
Como estes se colocam contra a doutrinação ideológica e pensam estar acima da historiografia do MEC, deveriam colocar seus neurônios para pensar e entender Bolsonaro não como um mero fenômeno passageiro. Pra compreendê-lo, é necessário analisar um contexto histórico em que vivemos desde 1889. Sem que o próprio saiba, ele é daquelas figuras que, desde Antônio Conselheiro, passando pelo Brigadeiro Eduardo Gomes e, mais recentemente, o Dr Enéas, se colocavam contra o establishment. Por vários motivos, nenhum deles levou seus intentos a cabo, por mais que cada um tivesse mais preparo que Bolsonaro, mas quis o destino que o menos capacitado de todos tivesse o que Fernando Henrique Cardoso chama de "possibilidade de poder".
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Os sovietes, na prática, já existem no Brasil
Daí podemos ver que, desde as câmaras municipais ao senado, a divisão não ocorre mais em razão das ideias que os grupos defendem, mas sim as classes que estes representam, o que torna redundante qualquer projeto que queira ressuscitar no âmbito teórico os sovietes, pois esta disposição infelizmente já existe por aqui.
domingo, 3 de dezembro de 2017
Os MAVs 2.0 e a retomada tucana da hegemonia da máquina de difamação esquerdista
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
A falsa direita em 2018: mais uma lição que Belém pode dar!
Voltando ao cenário belemense, apareceu meio que do nada, sem eira nem beira, um tal de Professor Ivanildo, que nunca colocou as caras, nem na internet, nem tirou a bunda da cadeira pra se expor nas manifestações contra Dilma Rousseff, mas misteriosamente foi alçado por ingênuos e espertos como o grande expoente da direita belemense, enfraquecendo um engajamento que deveria ficar focado no candidato Éder Mauro, levando em consideração que, já naquele momento, havia alguns oportunistas de plantão que escolheram apoiar candidato tucano (talvez eu dedique mais um texto para isso).
Não demorou muito e, ainda num debate realizado na Universidade Federal do Pará entre os candidatos a prefeito, o tal Ivanildo, para a felicidade geral da claque comunista que lá estava presente, se mostrou como uma pessoa TOTALMENTE CONTRA as privatizações, e daí engatou um discurso que vai totalmente na contramão de qualquer coisa que possa se encaixar no direitismo. Tal espetáculo de horrores pode ser visto no vídeo acima.
E, se loucura pouca é bobagem, com o cenário de segundo turno se dividindo entre o tucano Zenaldo e o psolista Edmilson, o professorzinho de araque, sem consultar o seu próprio vice, que representava o Partido Militar Brasileiro, e traindo os movimentos de direita lhe deram apoio, surpreendeu a todos declarando, em pleno horário eleitoral gratuito, um voto de confiança - PASMEM - no candidato do "partido de pirocas"!
E, pra voltar nossa atenção ao que ocorrerá em 2018, acabei até não contando, até agora, de qual partido surgiu essa figura pitoresca: nada mais e nada menos que o PRTB, a conhecida legenda de Levy Fidélix! Tendo essa e outras informações em mente, fica bem fácil entender o posicionamento atual do megalomaníaco baixinho do aerotrem, que pode aparecer novamente como candidato, ou pode lançar alguma figura que, inevitavelmente, servirá ao metacapital. Se assim ocorrer, meu palpite é que, na aba do movimento intervencionista, ele, ou algum outro partido, venha a lançar algum general como disputante ao planalto.
Outra figura a se analisar é João Amoedo, líder do partido que se diz novo, mas as conexões dos grupos que o financiam com a velha política são muio antigas. Falar sobre eles é mais do mesmo, portanto pulo direito pro bem-sucedido Dr Rey, que anda causando furor na internet com suas declarações, insinuando que um ex-capitão do Exército somente mamou nas tetas do Estado, desconsiderando até mesmo o fato público deste ter exercido uma carreira militar antes de entrar na política, sem contar várias propostas mirabolantes expostas no programa do Danilo Gentili. Não gostaria de entrar em juízos de valor sobre o dito cujo, mas queria só saber, se tivesse a oportunidade de perguntar tete-a-tete, o porquê dele, que se diz uma pessoa nova na política, se aliar, no Pará, a Jefferson Lima, um sujeito nojento que vendeu a alma pro Jader Barbalho?
Pra concluir, em Belém só houve o Professor Ivanildo, um candidato pra ser o inimigo interno, mas tudo indica que, em 2018, teremos uma miríade destes, que vão desde o pseudo-liberalismo que aceita defender Michel Temer, passando por algum espertinho bem sucedido na vida, e finalmente um possível general, que pode sair da toca pra roubar de Jair Bolsonaro os votos dos intervencionistas. Para nós, fica a lição amarga que os belemenses aprenderam: não se deixem levar por figuras falsas, que surgem do nada, e tratem da pior maneira possível qualquer pessoa ou grupo que desejar apoiá-los, pois o momento atual pede Jair Bolsonaro, e não um ou outro que, certamente, estará no ringue pra ajudar a catapultar para o segundo turno uma candidatura forte do estamento burocrático, que julgo eu ser a de João Dória Júnior.