Pra falar da incompetência de gente como Annita e Paula Fernandes pra dividir palco com o excelente cantor Andrea Boccelli, que ficou como um cego no tiroteio (perdão pelo trocadilho, mas não resisti), muita gente já falou sobre o assunto em si com perfeição (recomendo o Nando Moura). Porém, uma coisa me veio à cabeça: e as jornalistas do RJ TV, que metralharam o candidato Flávio Bolsonaro por este ter a proposta de privilegiar a "alta cultura" nos eventos culturais?
Ok, ficou muito claro que Flávio não soube responder da melhor maneira e não recebeu o preparo mínimo para responder tal pergunta, e acabou sendo colocado numa saia-justa. Eu por exemplo responderia à lá Enéas: convidaria as senhoritas a visitarem algum conservatório de música erudita, desses em que é fácil encontrar alguém que, com idade de um médico recém-formado já dedicou mais tempo em estudos do que qualquer pós-doutor em medicina.
Queria ver essas filhinhas de papai vendo o rosto de insatisfação de gente que está satisfeita de ver na abertura de uma Copa do Mundo uma cantora que não consegue se garantir ao vivo e usa playback, enquanto músicos de altíssimo nível não são chamados nem pra velório, que está insatisfeita de ver o Brasil, o país de estilos musicais muito mais sofisticados, ser representado pelo "Rap da felicidade" numa Olimpíada, aos olhos do planeta inteiro. Eu me filiaria ao PCO caso a maioria lá dentro se dissesse satisfeita com os atuais rumos das políticas culturais do país.
Mas para uma gentalha vendida e que age de acordo com a Nova Ordem Mundial, é bonito ver o Brasil sendo representado por funkeiras, ver duas cantoras fracas do lado de Andrea Boccelli. Por mais que admitam em seu interior que foi um espetáculo de vergonha alheia, em razão do politicamente correto nunca irão externar o que qualquer criança de 10 anos com sinceridade sentiria ao ver algo que tornaria em grandes "happenings" as apresentações dos 3 Tenores e até do próprio Boccelli com outras figuras da música popular mundial de qualidade altamente duvidosa.
Isso considerando que há senso do ridículo nessas biscates (me refiro às jornalistas, claro), o que acho muito difícil...