domingo, 27 de novembro de 2016

Se Trump for um bom presidente, entenda de antemão a razão

Fonte: Daily News
É muito pretensiosismo dizer se Trump será bom presidente ou se a previsão feita há 15 anos pela série de Matt Groening está certa. Até me arrisco a crer que será algo do regular em diante, e somente causas externas tornarão desastrosos os próximos quatro anos para os norte-americanos. Mas me situo na probabilidade dele se tornar um dos maiores presidentes da história norte-americana, e a causa maior disso, caso ocorrer.
Se você torceu por Trump, deve estar pensando que ele vai trazer uma era de prosperidade ao seu país por ter sido um empresário de sucesso, o que, caso seu domicílio eleitoral seja São Paulo, tenha lhe levado junto com tantos outros a eleger João Dória em primeiro turno. Me desculpe, mas o diferencial de Trump é outro!
Há por aí casos de empresários que foram desastrosos em cargos executivos. Posso citar um da minha terra: quando Jader Barbalho renunciou ao cargo de governador do Pará, deixou um estado falido na mão de seu vice, o empresário Carlos Santos, cuja história e experiência de vida não lhe serviu de nada para os nove meses que lhe restaram. Tudo o que obteve como empresário, dono de lojas, dono da própria gravadora em que lançava os próprios discos e sucesso de vendas, pervertendo toda a lógica de como prosperar no difícil mercado fonográfico brasileiro, não serviu pra capitanear um estado.
Quanto ao Trump, ele na política é um caso tão fora da curva quanto o Carlos Santos foi como cantor: se ele for um bom presidente, a causa maior será pelo fato dele representar por si mesmo um choque de testosterona na política ocidental. Trump representa a ruptura de um modelo político sem a fonte da força necessária pra gerir um dos países mais fortes do mundo. Agora se o Trump presidente for exatamente o Trump empresário, aí pode se preparar pra uma Lisa Simpson como sua sucessora.

sábado, 12 de novembro de 2016

Como foi que o Bolsonaro virou "MITO"?

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Fonte: Opinólogo
Fazendo um retrospecto, creio que tudo começou com a tentativa esquerdista de mudar a História com a Comissão da Verdade. Como já existia uma pá de grupos que exigia intervenção militar pipocando pela internet, creio que a turma do CQC achou interessante encontrar algum "otário" defensor de uma outra versão do Regime Militar pra tirar pra Cristo e validar de vez a narrativa esquerdista e desmoralizar também os movimentos que estavam aos poucos começando (lembrando que os Revoltados Online começaram como intervencionistas).

O "otário" escolhido foi Jair Messias Bolsonaro, cujo nome eu até achava que tinha tomado conhecimento antes, mas nunca tinha me dado ao trabalho de saber anteriormente quem era aquele cidadão. E creio que foi o caso de muita gente que, em um estado de total inércia, acabou simpatizando com aquele sujeito que respondia de maneira ríspida e sincera perguntas oferecidas por celebridades e pessoas comuns.
Pois bem, qualquer um com uma meia-dúzia de neurônios percebe que armaram uma arapuca pra desmoralizar não um deputado que tinha ganho um mandato por coeficiente eleitoral, mas sim as ideias que ele vinha defendendo enquanto parlamentar. Era algo chave para levar em frente uma agenda mais pesada capitaneada por Dilma Roussef. Creio que, se não houvesse aquela armação do CQC, ou ele acabaria caindo no esquecimento de vez ou continuaria vencendo por coeficiente sob a força do eleitorado militar.
A questão é que o tiro saiu pela culatra: o cachorro natimorto ganhou energia, e a cada vez que o CQC ia ao Congresso tentar reiteradas vezes desmoralizá-lo e reverter a cagada cometida, mais a popularidade dele ia crescendo. Outros programas de TV fizeram o mesmo, mas a coisa não funcionava de forma alguma. Aos poucos ele ia pegando o bastão deixado pelo Dr Enéas Carneiro e se tornando a "bola da vez", mas com uma vantagem: o carisma e a capacidade de, mesmo sem a erudição do cardiologista, se tornar a personificação da causa patriótica que ficou adormecida mesmo após mensalões da vida.
Como ele tinha se tornado uma verdadeira celebridade pelo modo de defender seus ideais, acabou ganhando o apelido de "Mito", mesmo que, se compararmos com Carlos Lacerda e Enéas Carneiro, ele deixe a desejar em alguns quesitos. O bom humor nesse caso pesa muito em tempos de redes sociais.
Portanto, cloquem em suas mentes: não é a pessoa em si que é defendida ou atacada, mas é a ideia que ele defende. O motivo é muito simples: ele não criou nada, como foi o caso do criador do PRONA, apenas foi tirado de sua zona de conforto por pessoas mal-intencionadas e acabou se tornando, sem imaginar o que viria pela frente (a não ser que ele tome LSD ou algo do tipo pra adquirir megalomania), o símbolo de uma causa.