Fonte: Daily News |
É muito pretensiosismo dizer se Trump será bom presidente ou se a previsão feita há 15 anos pela série de Matt Groening está certa. Até me arrisco a crer que será algo do regular em diante, e somente causas externas tornarão desastrosos os próximos quatro anos para os norte-americanos. Mas me situo na probabilidade dele se tornar um dos maiores presidentes da história norte-americana, e a causa maior disso, caso ocorrer.
Se você torceu por Trump, deve estar pensando que ele vai trazer uma era de prosperidade ao seu país por ter sido um empresário de sucesso, o que, caso seu domicílio eleitoral seja São Paulo, tenha lhe levado junto com tantos outros a eleger João Dória em primeiro turno. Me desculpe, mas o diferencial de Trump é outro!
Há por aí casos de empresários que foram desastrosos em cargos executivos. Posso citar um da minha terra: quando Jader Barbalho renunciou ao cargo de governador do Pará, deixou um estado falido na mão de seu vice, o empresário Carlos Santos, cuja história e experiência de vida não lhe serviu de nada para os nove meses que lhe restaram. Tudo o que obteve como empresário, dono de lojas, dono da própria gravadora em que lançava os próprios discos e sucesso de vendas, pervertendo toda a lógica de como prosperar no difícil mercado fonográfico brasileiro, não serviu pra capitanear um estado.
Quanto ao Trump, ele na política é um caso tão fora da curva quanto o Carlos Santos foi como cantor: se ele for um bom presidente, a causa maior será pelo fato dele representar por si mesmo um choque de testosterona na política ocidental. Trump representa a ruptura de um modelo político sem a fonte da força necessária pra gerir um dos países mais fortes do mundo. Agora se o Trump presidente for exatamente o Trump empresário, aí pode se preparar pra uma Lisa Simpson como sua sucessora.