terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Explicando "a importância do intervencionismo" para os recalcados

Fonte: Prefeitura de Campinas
Antes de qualquer coisa, a visão deste que vos escreve acerca da intervenção militar é bem particular, levando em consideração os possíveis prós e contras caso ocorra, mas isto não me faz aplaudir a chacota e o desprezo de impeachmistas aos intervencionistas, fenômeno cujo nome é Síndrome de Dona Florinda ("Vamos Quico, não se misture com essa gentalha!") e que atingiu o ápice do ridículo nos acampamentos em Brasília marcados para o 15 de Novembro de 2015.
Os movimentos impeachmistas cometem um erro estratégico bisonho ao não buscar apoio, contato ou o raio que o parta de setores das Forças Armadas (incluo também a PM, ao meu ver o último obstáculo pro Brasil virar uma Cuba gigante) que tenham alguma insatisfação com o atual governo. Isto não é querer intervenção, regime ou ditadura militar, mas sim a obrigação de qualquer grupo cujo intento seja mudar os rumos políticos de algum país. A valorização dada a quem nos defende é necessária, seja o brasileiro a favor de qual solução positiva for, e isso os intervencionistas inegavelmente tem aos montes, e são os únicos que obviamente levam em consideração tais necessidades.
Recorramos à nossa História pra ver o papel de um braço armado na tomada de alguns rumos: quando D. Pedro I precisou usar da força para dissolver a Assembleia Constituinte (pra quem é desinformado, não havia representação de todas as províncias) e também para garantir a unidade nacional; o golpe republicano seria talvez mero devaneio (ah se tivesse sido!) se não cooptassem até mesmo um marechal sem a menor simpatia com todas aquelas patacoadas; o Estado Novo teria duração mais efêmera se a Revolução Constitucionalista conseguisse seu intento. Sem contar a contra-revolução de 1964, que dispensa comentários, e se bobear causa calafrios até em algumas figurinhas estranhas de MBL/VPR/ROL/NR.
Mas você pode estar ainda se perguntando: e os movimentos de esquerda, como eles lidam com essa necessidade? Em países do esquema eurasiano (i.e: com a plataforma socialista já implantada) as Forças Armadas e o patriotismo são valorizadíssimos, já no ocidente os papeis se invertem: os patriotas e aqueles que nos defendem são tratados como vilões com toneladas de manipulação cultural, enquanto que ao lumpenproletariat ("movimentos sociais", traficantes, et caterva) cabe a tarefa de ser o braço armado da revolução. Ou você acha que o Lula chama o MST de "Exército do Stédile" à toa?
Pra concluir, é muito simples entender que, caso necessário, caberá a algum grupo proteger o brasileiro de bem, pois é necessário ser muito ingênuo pra não ver que os "movimentos sociais" e até mesmo países sob o governo do Foro de São Paulo estão afiando suas miras - se bobear armados até os dentes - pra reagir a qualquer mudança no quadro presidencial brasileiro. E você, impeachmista ingênuo? Vai chamar o Batman?

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