sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A direita brasileira que é inteligente para tudo, menos para análise histórica

Quanto mais próximos ficamos das eleições de 2018, mais fogo se atira contra Jair Bolsonaro. Antes, o monopólio dos ataques ficava na mão de uma esquerda idiotizada por bandidos que usam de suas habilitações para dar aulas como salvo-conduto para manipular a juventude e criar verdadeiros macacos bonobos que tem como objetivo principal viver somente de seus prazeres e, principalmente, escolher seus candidatos tendo tais prazeres como o critério maior para decidir se alguém é digno de ganhar um voto de confiança nas urnas ou não.
Só que isso mudou nos últimos tempos: os ataques por parte da pseudo-direita estão se tornando cada vez mais constantes e, se bobear, se tornando a linha de frente da batalha. De um lado vemos intervencionistas propondo boicote total às eleições de 2018, com a mesma ladainha de sempre sobre as urnas eletrônicas (o Coronel Enio Fontenelle coloca abaixo toda essa narrativa, boa sorte!). Do outro lado, a "nova direita" promove pré-candidatos aventureiros e, sempre que possível, sai difamando Bolsonaro na primeira oportunidade. Há também, dos dois lados, quem tenta derrubar a reputação do deputado com uma abordagem militarista: colocando-o como uma pessoa que não representa os militares ou até como uma espécie de Lula fardado por ter se levantado, de um modo meio sindicalista, contra os planos que já existiam pra matar nossas Forças Armadas de fome.
Pra ser sincero, com alguns esquerdistas ainda é possível ter um debate saudável sobre o assunto, levando em consideração que suas limitações são fruto de uma doutrinação pesada que só um milagre dos céus irá reverter, mas não posso dizer o mesmo dos inimigos que estão por perto de nós.
Como estes se colocam contra a doutrinação ideológica e pensam estar acima da historiografia do MEC, deveriam colocar seus neurônios para pensar e entender Bolsonaro não como um mero fenômeno passageiro. Pra compreendê-lo, é necessário analisar um contexto histórico em que vivemos desde 1889. Sem que o próprio saiba, ele é daquelas figuras que, desde Antônio Conselheiro, passando pelo Brigadeiro Eduardo Gomes e, mais recentemente, o Dr Enéas, se colocavam contra o establishment. Por vários motivos, nenhum deles levou seus intentos a cabo, por mais que cada um tivesse mais preparo que Bolsonaro, mas quis o destino que o menos capacitado de todos tivesse o que Fernando Henrique Cardoso chama de "possibilidade de poder".
Em suma, você que brada aos quatro ventos por uma "Escola Sem Partido", que é contra a doutrinação ideológica, que se coloca acima dos ditames do MEC, faça valer tal superioridade, tome vergonha na cara e entenda o tabuleiro chamado Brasil, pra aí sim você se mancar e não se deixar levar por quem tem por trás os interesses escusos do metacapital, que tá fazendo de tudo, inclusive infiltrando gente na direita, pra que os votos sejam pulverizados ou em Amoedos da vida ou no BAN (Brancos, Abstenções e Nulos), que por sua vez é a carta na manga que a Nova Ordem Mundial se utilizou pra derrotar Le Pen, e se você não se espertar, vai cair no conto do vigário.

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