sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A falsa direita em 2018: mais uma lição que Belém pode dar!

No texto anterior, tratei da possível candidatura de Luciano Huck e o que ela poderia representar caso fosse levada a cabo. Ao que tudo indica, é bem possível que tenha desistido, ou até mesmo tenha feito um jogo pra ver como o provável eleitorado iria reagir ao fato dele ter declinado da ideia. Seja lá qual for o resultado final, a exposição do que foi a candidatura de Úrsula Vidal ainda deve ser vista com muita atenção, pois é muito possível que entre algum disputante egresso da imprensa brasileira cujo objetivo seja o de tentar, com suas habilidades, derrubar o candidato Jair Bolsonaro, como fez Úrsula, dando um tiro de misericórdia em Éder Mauro justamente no último debate, em que se tratou das batidíssimas questões de gênero e propriedade privada, que não foram devidamente respondidas.
Além disso, e este é o propósito do presente texto, é levar em conta a questão do surgimento de candidatos na onda do que se convencionou chamar de Nova Direita, representada por movimentos como o MBL, cujas relações com o estamento burocrático são mais do que provadas e descaradas. Aqui não estou nem considerando João Dória Júnior, que virá na onda do Macronismo, mas sim figuras que agirão como inimigos internos, com o objetivo de dividir a direita e enfraquecer a votação de Jair Messias Bolsonaro. Poderia citar, dentre os mais conhecidos, João Amoedo do Novo, Levy Fidélix e, mais recentemente, Dr Rey.
Voltando ao cenário belemense, apareceu meio que do nada, sem eira nem beira, um tal de Professor Ivanildo, que nunca colocou as caras, nem na internet, nem tirou a bunda da cadeira pra se expor nas manifestações contra Dilma Rousseff, mas misteriosamente foi alçado por ingênuos e espertos como o grande expoente da direita belemense, enfraquecendo um engajamento que deveria ficar focado no candidato Éder Mauro, levando em consideração que, já naquele momento, havia alguns oportunistas de plantão que escolheram apoiar candidato tucano (talvez eu dedique mais um texto para isso).

Não demorou muito e, ainda num debate realizado na Universidade Federal do Pará entre os candidatos a prefeito, o tal Ivanildo, para a felicidade geral da claque comunista que lá estava presente, se mostrou como uma pessoa TOTALMENTE CONTRA as privatizações, e daí engatou um discurso que vai totalmente na contramão de qualquer coisa que possa se encaixar no direitismo. Tal espetáculo de horrores pode ser visto no vídeo acima.
E, se loucura pouca é bobagem, com o cenário de segundo turno se dividindo entre o tucano Zenaldo e o psolista Edmilson, o professorzinho de araque, sem consultar o seu próprio vice, que representava o Partido Militar Brasileiro, e traindo os movimentos de direita lhe deram apoio, surpreendeu a todos declarando, em pleno horário eleitoral gratuito, um voto de confiança - PASMEM - no candidato do "partido de pirocas"!
E, pra voltar nossa atenção ao que ocorrerá em 2018, acabei até não contando, até agora, de qual partido surgiu essa figura pitoresca: nada mais e nada menos que o PRTB, a conhecida legenda de Levy Fidélix! Tendo essa e outras informações em mente, fica bem fácil entender o posicionamento atual do megalomaníaco baixinho do aerotrem, que pode aparecer novamente como candidato, ou pode lançar alguma figura que, inevitavelmente, servirá ao metacapital. Se assim ocorrer, meu palpite é que, na aba do movimento intervencionista, ele, ou algum outro partido, venha a lançar algum general como disputante ao planalto.
Outra figura a se analisar é João Amoedo, líder do partido que se diz novo, mas as conexões dos grupos que o financiam com a velha política são muio antigas. Falar sobre eles é mais do mesmo, portanto pulo direito pro bem-sucedido Dr Rey, que anda causando furor na internet com suas declarações, insinuando que um ex-capitão do Exército somente mamou nas tetas do Estado, desconsiderando até mesmo o fato público deste ter exercido uma carreira militar antes de entrar na política, sem contar várias propostas mirabolantes expostas no programa do Danilo Gentili. Não gostaria de entrar em juízos de valor sobre o dito cujo, mas queria só saber, se tivesse a oportunidade de perguntar tete-a-tete, o porquê dele, que se diz uma pessoa nova na política, se aliar, no Pará, a Jefferson Lima, um sujeito nojento que vendeu a alma pro Jader Barbalho?
Pra concluir, em Belém só houve o Professor Ivanildo, um candidato pra ser o inimigo interno, mas tudo indica que, em 2018, teremos uma miríade destes, que vão desde o pseudo-liberalismo que aceita defender Michel Temer, passando por algum espertinho bem sucedido na vida, e finalmente um possível general, que pode sair da toca pra roubar de Jair Bolsonaro os votos dos intervencionistas. Para nós, fica a lição amarga que os belemenses aprenderam: não se deixem levar por figuras falsas, que surgem do nada, e tratem da pior maneira possível qualquer pessoa ou grupo que desejar apoiá-los, pois o momento atual pede Jair Bolsonaro, e não um ou outro que, certamente, estará no ringue pra ajudar a catapultar para o segundo turno uma candidatura forte do estamento burocrático, que julgo eu ser a de João Dória Júnior.

3 comentários:

  1. Parabéns! Muito bem colocada e bem explicada as armadilhas desses políticos sem escrúpulos e corruptos que não medem seus esforços nada republicanos para continuarem no poder cometendo suas falcatruas.

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